Rosilene Campolina, curadora gastronômica da Feira e Festival Minas + doce na Expocachaça
A produção de cachaça em Minas Gerais é dominada por pequenos produtores, com 87% dos alambiques sendo de pequeno porte, produzindo até 800 litros por dia. O estado lidera o número de cachaçarias legalizadas no Brasil, com 504 estabelecimentos, representando 41,4% do total nacional. O diagnóstico do setor, realizado pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, visa fortalecer a cadeia produtiva, ampliando a assistência técnica e certificação para formalizar a produção. Além disso, Minas Gerais teve um aumento de 7,7% no número de cachaçarias em 2023, com destaque para Salinas, município com maior número de alambiques.
A Expocachaça 2024, realizada em Belo Horizonte, reúne 250 expositores de cachaça, vinhos, cervejas e doces, e atrai 20 mil visitantes, movimentando cerca de R$ 30 milhões. Pela primeira vez, a feira contará com a presença de vinícolas mineiras, que cresceram devido à técnica de dupla poda, além de produtores gaúchos que utilizam técnicas de destilação e envelhecimento diferenciadas. O evento também ocorre em um contexto de preocupações com o impacto da reforma tributária sobre o setor, especialmente com o “imposto do pecado” sobre bebidas alcoólicas.
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O diagnóstico do setor da cachaça em Minas Gerais será divulgado na Expocachaça 2024, realizada em Belo Horizonte de 4 a 7 de julho. O evento, em sua 33ª edição, visa conectar pequenos produtores de cachaça, vinhos, cervejas, doces e azeites ao mercado, com 250 expositores e cerca de 2 mil produtos. Destaque especial vai para a Feira Minas + Doce, que celebra a tradição dos doces mineiros artesanais, com foco nos doces feitos em tachos de cobre. A chef e professora Rosilene Campolina, curadora da feira, ressalta que o evento une tradição e inovação na doçaria, destacando o tacho de cobre como símbolo essencial dessa cultura.