Caviar do sal agora produzido no Brasil

Como diz Alain Ducasse, um grão a mais ou a menos de sal é o bastante para destruir a harmonia gustativa de um prato. Produto dos mais importantes na gastronomia, há dois tipos de sal: o marinho, extraído da água do mar, por evaporação, e o sal-gema, que existe no estado de cristais, no interior da terra.

Uma combinação harmoniosa entre marés, ventos, chuva e o sol, cria nas salinas a Flor de Sal, ou seja, que nada mais é do que a primeira camada de sal (da espessura de uma unha), que começou a ser extraída pelos povos Celtas há cerca de 2.000 anos.

Colhida manualmente por “jardineiros do mar”, é necessário, aproximadamente, 80 quilos de sal marinho bruto para produzir 1 quilo dos caríssimos cristais de Flor de Sal.

Gourmets que não abrem mão de cozinhar com o produto acabam de ganhar uma novidade. A brasileiríssima Cimsal (Comércio e Indústria de Moagem e Refinação Santa Cecília Ltda, ), que tem salinas no Rio Grande do Norte e Ceará, acaba de lançar, numa embalagem gourmet, um potinho com o produto este alimento, que já é utilizado em alguns restaurantes brasileiros, como o recém-aberto Na Cozinha, e que está sendo vendido em mercados, como a Casa Santa Luzia.

Num evento ocorrido no restaurante Na Cozinha, na semana passada, o chef Ribeiro mostrou diversas utilizações do produto, em diversos pratos, como numa salada deliciosa de melancia.

Herbert de Souza Vieira Júnior, diretor da Cimsal, aproveitou a oportunidade e explicou que o produto não sofre qualquer tipo de processamento diretamente depois da coleta. “Trata-se de uma fonte natural de potássio, cálcio, cobre, zinco e magnésio”, diz. Ele conta que o nome Flor de Sal vem do aroma de violeta que o sal exala quando seca. “Possui um sabor distinto e um perfume suave de violeta”, diz ele.

Devido à sua textura fina, crocante e seus grãos irregulares, a Flor de Sal traz delicadeza ao sabor da comida. “É uma preciosidade cobiçada por chefs e gourmets. Trata-se do caviar do sal”